fonte e créditos:
cybernoticie
"Antipatia à primeira vista tem explicação;
saiba qual é e como agir"
Todo mundo já passou por isso:conheceu alguém ea primeira impressão foi negativa.
Essa repulsa instintiva
pode mudar
ao nos darmos a chance de
conhecer melhor o indivíduo,
mas pode se confirmar.
Porém, poucas
pessoas param para pensar que essas sensações em relação a outra pessoa
se originam em situações e fatos de nossa história pessoal.
"Em geral, o
comportamento do outro nos remete a algo ou alguém que não nos fez bem.
É um mecanismo de alerta e defesa que nos faz dar um passo atrás,
ficar
espertos e observando o outro",
afirma Olga Tessari,
psicóloga e autora
do livro
"Dirija Sua Vida Sem Medo", editado por ela.
Segundo
a psicóloga, a antipatia será mais forte quanto mais desagradável tiver
sido a experiência do passado.
"E pode
estar
também
relacionada a
valores diferentes dos
nossos. Se eu cultivar a humildade, por
exemplo,
vou me incomodar com pessoas
esnobes.
Essas diferenças podem dar espaço
para que nasça a antipatia", diz a escritora.
A psicóloga Daniela Levy
concorda com Olga.
"Se conhecermos pessoas com físico ou jeito que nos
lembra alguém do passado que não nos proporcionou uma experiência
positiva, projetaremos sentimentos negativos sobre ela que, às vezes,
nem é desse jeito" diz Daniela.
Ambas
concordam, também, quanto à importância de dar uma segunda chance à
pessoa com a qual o "santo não bateu".
"Essa primeira impressão nem
sempre corresponde à realidade.
Mas, se houver confirmação de que ela é
realmente antipática, deixe para lá.
Melhor não insistir.
Se tiver de
nascer algum sentimento positivo, acontecerá naturalmente", afirma Olga.
E antes de dar outra oportunidade a quem causou essa repulsa é
necessário ter disposição para olhar para si.
"É importante tentar
descobrir porque a pessoa desencadeou a emoção negativa.
Há a
possibilidade de que, nessa nova tentativa, a sensação de que a pessoa é
antipática seja reforçada", afirma Daniela.
Segundo
Olga, é muito comum que pessoas tímidas sejam rotuladas de arrogantes.
"Essas pessoas costumam ser mais isoladas, não conversam, passam essa
impressão errada. Por isso, vale a pena criar uma oportunidade para
mudar de ideia".
Se
apesar das tentativas a pessoa ainda continua parecer antipática, o
melhor é evitá-la.
Se isso não for possível, lembre-se de que não temos o
controle sobre os outros e não desperdice energia.
"É preciso aceitar a
pessoa que faz parte do nosso círculo familiar ou profissional como ela
é e tentar conviver com cordialidade. Assim, evitamos problemas e
sofrimento", diz Olga.
Quando você desperta a antipatia alheia
Não
podemos nos esquecer do outro lado da moeda:
quando nós parecemos
antipáticos para as pessoas.
"Também podemos ter jeitos e trejeitos que
incomodam, mexem sem querer em alguma ferida, e levam alguém a lembrar
uma mágoa ou situação ruim", explica Olga. Para esses casos, vale o
mesmo conselho, principalmente quando temos de conviver com aqueles que
não foram com nossa cara.
"Se é alguém com quem se trabalha,
por exemplo, acho interessante insistir e mostrar que você é uma boa
pessoa. Se for um indivíduo que não faz diferença, é gasto de energia
desnecessário", diz Daniela, lembrando que isso não deve virar uma
missão de vida. "É bom tentar mostrar que se é legal, mas se não rolou,
deixe correr, porque tem gente que vive em função de querer agradar e
acaba não se orientando pelos próprios desejos".
Se os "santos não batem" no trabalho
Se as pessoas antipatizam com você,
humildade é importante para quem quer desfazer essa má impressão,
principalmente no ambiente profissional. "
É preciso ouvir com o coração
aberto o porquê de as pessoas te acharem antipático. Normalmente, não há
certo ou errado.
Tem parte que faz sentido e outra que não faz.
Mas
ouvir o outro é mais positivo do que se fechar, pois afasta ainda mais
as pessoas", opina Henrique Pistilli, administrador de empresas com
especialização em comportamento e desenvolvimento humano.
A situação pode ser mais complexa
quando essa repulsa parte do funcionário em relação ao chefe. Para
Pistilli, se o superior não for uma pessoa aberta para conversar e se
comunicar, a convivência se tornará complicada. "Ficará difícil mudar
qualquer coisa. Nos casos mais críticos, o melhor é tentar trocar de
área ou de empresa."
Não é novidade para Pistilli
situações em que a postura da chefia gera antipatia nos funcionários.
"Fui contratado por uma empresa cujo dono era muito tímido e
controlador. Ele colocou câmeras em todas as salas para saber o que
acontecia. Concluímos que ele gerava medo e antipatia nas pessoas.
Tivemos de fazer um processo de mudança de cultura na companhia", conta o
administrador que costuma trabalhar com instituições em momento de
conflitos.
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